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Para profissionais que atuam diretamente com redes de telecomunicações, acompanhar a evolução das infraestruturas, arquiteturas e ferramentas de gestão é uma necessidade constante. Em um cenário onde conectividade, velocidade e confiabilidade são essenciais. Assim, a tecnologia passa por um processo de transformação contínuo, impulsionado por automação, virtualização e inteligência artificial.

Neste conteúdo, exploramos a fundo as principais camadas desse ecossistema complexo, abordando desde os tipos de redes até os modelos de gerenciamento mais avançados da atualidade.

O que são redes de comunicação?

Assim, iniciaremos nosso espaço apresentando alguns conceitos básicos de redes de telecomunicações e, a partir disso, derivaremos pontos relevantes voltados para redes de transmissão, tais como caracterização dos meios e tecnologias de transmissão e suas aplicações, apresentação de arquitetura para provimento de serviços de usuários finais, descrição e funcionamento de equipamentos específicos de cada rede e passos para planejamento de redes rádio.

Seja qual for o serviço de telecomunicações utilizado, como telefonia móvel, telefonia fixa e acesso banda larga, haverá sempre a necessidade de redes de telecomunicações que suportem o tráfego demandado por cada usuário, de forma compromissada com a garantia de confiabilidade e não interrupção dos serviços utilizados.

Com a grande complexidade das redes existentes atualmente, torna-se fundamental entender o que são de fato redes de telecomunicações, como elas podem estar organizadas e como podemos visualizar suas aplicações em nosso dia-a-dia.

Redes de telecomunicações compreendem toda a infraestrutura necessária para atender aos serviços do usuário final, seja ele um usuário corporativo ou físico.

Para realizar a comunicação entre dois ou mais pontos, as redes fazem uso de sistemas de transmissão, que são basicamente combinações de meios e tecnologias de transmissão.

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Assim, pode-se encontrar sistemas de transmissão baseados em links de microondas, fibra óptica, par trançado, cabo coaxial ou de satélite e empregando diferentes tecnologias nesses meios, tais como PDH, SDH, ATM, WDM, OTN, etc.

Quais são as redes de telecomunicação?

As redes de telecomunicação englobam diversas topologias e arquiteturas utilizadas para transmissão de dados, voz e vídeo. Em redes de telecomunicações hierárquicas, podemos encontrar 3 seções diferenciadas principalmente quanto à capacidade de transmissão de tráfego e às tecnologias de transmissão empregadas, conforme descritas a seguir.

HierarquiaRedes

Redes Backbone

As Redes Backbone dão suporte ao tráfego de longa distância e, por sua principal aplicação ser o transporte de informação, apresentam grande capacidade de tráfego e permitem que uma combinação diversificada de tráfego seja transportada por uma única infraestrutura.

O conjunto de elementos que compõem o backbone são responsáveis pela transmissão, comutação, roteamento e gerenciamento de tráfego na rede das operadoras.

Essas redes podem apresentar uma porção nacional e uma porção internacional, onde a conexão entre países e continentes é feita através de cabos de fibras ópticas submersos.

A fibra óptica vem sendo bastante utilizada como meio de transmissão das redes de grandes operadoras de serviços de telecomunicações, principalmente devido a sua maior capacidade de transmissão.

Redes de Telecomunicações Redes Backbone Redes Backhaul Redes de Acesso

Redes Backhaul

Rede Backhaul é a infraestrutura de conexão entre pontos agregadores da rede de acesso e pontos de presença da rede de backbone.

A grande relevância dessas redes se dá devido ao nível de capilaridade que promovem para a interligação entre os vários pontos de acesso e o núcleo da rede.

Alguns exemplos de conexões típicas em redes backhaul são:

  • conexão entre estações rádio base e suas controladoras (BSC, para o caso de redes baseadas em tecnologia móvel 2G, MSC, para o caso 3G),
  • conexões entre DSLAM e nós ATM, etc.

Como essas redes estão posicionadas entre dois grandes domínios de redes, elas precisam estar comprometidas com ambas, isto é, precisam satisfazer tanto a crescente dinâmica de tipos de tecnologias das redes de acesso quanto atender os requisitos de capacidade de transmissão das redes backbone.

Geralmente, redes backhaul utilizam links microondas operando em faixas de frequência abaixo de 15 GHz, com comprimento típico em torno de 40 Km e capacidade com níveis de médio para alto com tecnologias PDH e SDH.

Para uma demanda maior de tráfego, muitos provedores de serviços implantam links de fibra óptica em substituição aos de microondas.

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Redes de Acesso

Redes de Acesso, ou redes de última milha,são compostas pela infraestrutura de conexão entre o usuário final e a rede da operadora.

Elas se caracterizam pela presença da vários protocolos e apresentam um amplo espectro de taxas de transmissão.

Assim, dependendo do meio de transmissão, podem ser empregadas várias tecnologias de transmissão, como xDSL, WiMax, FTTx, etc, de forma a atender os diversos tipos de tráfego gerados por aplicações dos clientes.

Em sistemas de telefonia móvel, o acesso de estações móveis e estações centrais da planta de telefonia pode ser feito utilizando tecnologias análogica (FDMA) ou digital (TDMA e CDMA).

Como funciona uma rede de telecomunicações?

Como você já sabe, uma rede de telecomunicações opera por meio da interconexão de equipamentos físicos e lógicos, permitindo a troca de informações entre pontos distintos. Isso envolve:

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  • Transporte de dados por meio de cabos (par trançado, coaxial, fibra óptica) ou links sem fio (Wi-Fi, micro-ondas, satélite);
  • Comutação de pacotes, que organiza o fluxo de dados de forma eficiente (por IP/MPLS, por exemplo);
  • Camadas de rede, como definidas pelo modelo OSI, que vão desde o meio físico até aplicações de rede.

A crescente adoção de funções virtualizadas de rede (NFV) e de equipamentos definidos por software (SDN) tem revolucionado esse funcionamento tradicional. Ao desacoplar o hardware do software, essas tecnologias proporcionam maior flexibilidade, redução de custos operacionais e escalabilidade em tempo real.

Como montar uma rede de telecomunicações?

A construção de uma rede eficiente exige uma análise criteriosa de requisitos técnicos, topológicos e de negócios. O processo envolve, primeiramente, o levantamento de requisitos, como largura de banda, latência, número de usuários e criticidade dos serviços.

A partir disso, é preciso a criação de um projeto lógico e físico, com a definição da arquitetura da rede de acesso em telecomunicações, topologia (malha, estrela, anel), tipos de enlace e redundâncias.

Em seguida, escolha os melhores equipamentos, como switches, roteadores, OLTs, ONUs, rádios, firewalls, gateways, entre outros. Em paralelo, é preciso dar início a adoção de SDN e NFV para projetos com alta demanda por automação e rápida adaptação a novas cargas ou serviços.

Por fim, é necessário o planejamento de segurança e resiliência, considerando a proteção contra falhas, ataques e interrupções. Portanto, montar uma rede de computadores e telecomunicações robusta e moderna envolve muito mais do que apenas infraestrutura. A integração com sistemas de gestão inteligente é cada vez mais um diferencial competitivo.

Equipamentos de Rede: o papel de SDN e NFV

Os equipamentos definidos por software (SDN) mudaram radicalmente a forma de configurar e operar redes. Ao centralizar o controle e permitir a programação dinâmica da rede, SDN traz maior facilidade na orquestração de políticas, provisionamento rápido de novos serviços e integração com APIs e plataformas externas.

Já as funções virtualizadas de rede (NFV) substituem dispositivos dedicados (como roteadores, firewalls e balanceadores de carga) por instâncias virtualizadas, executadas em ambientes de cloud ou data centers. Isso reduz o CAPEX e melhora o time-to-market para novos serviços.

Logo, juntas, essas tecnologias possibilitam a construção de infraestruturas altamente adaptáveis, escaláveis e automatizadas,  exigência cada vez mais comum nos ambientes modernos de tecnologia em redes de telecomunicações.

Gerenciamento de Redes com IA e Machine Learning

Com o aumento da complexidade das infraestruturas de telecomunicações, o gerenciamento de redes deixou de ser uma atividade exclusivamente reativa e passou a demandar inteligência preditiva e automação avançada. 

Nesse contexto, a aplicação de inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) tornou-se essencial para garantir a eficiência operacional. Algoritmos de aprendizado de máquina são capazes de identificar padrões de tráfego, detectar anomalias em tempo real e prever falhas antes que impactem os usuários, permitindo uma atuação proativa. Isso se traduz em maior estabilidade, menor tempo de resposta e redução significativa de intervenções manuais.

Além disso, essas tecnologias viabilizam a criação de zero-touch networks, redes que se configuram, monitoram e corrigem automaticamente. A IA permite adaptar políticas de roteamento e qualidade de serviço conforme o comportamento dos usuários, otimizando recursos e priorizando aplicações críticas.

Já o ML, quando treinado com dados históricos e em tempo real, amplia a capacidade de resposta diante de eventos inesperados, como picos de tráfego ou ataques cibernéticos. O resultado é um ambiente de rede de computadores e telecomunicações mais resiliente, inteligente e preparado para suportar as demandas futuras da conectividade.

A Target é Especializada em Softwares para Redes de Telecomunicações

A Target Solutions é uma empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) especializada em Automação e Monitoramento de Infraestrutura de TI, Serviços de Suporte Técnico, Soluções Open Source e Integração de Sistemas.

Temos uma longa experiência na escolha, implantação e suporte de soluções que utilizam a tecnologia Open Source, e destacamos abaixo algumas áreas com projetos entregues:

  • Monitoramento de Ativos
  • Backup Gerenciado
  • Plataformas de Gerenciamento de Redes
  • Automação e Orquestração de Processos
  • Solução de API Management
  • Automação de Infraestrutura

Nossa equipe técnica possui alta capacitação e amplo conhecimento e experiência em ambientes heterogêneos de hardware e software, além de estar sempre em constante atualização com as novidades do mercado para contribuir em nosso processo de melhoria contínua.

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Autor deste Artigo: Paulo Florêncio, Sócio e Diretor Comercial da Target

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