Este artigo apresenta a evolução da infraestrutura de TI, de bare metal a containers e serverless. Comparando as tecnologias e analisando tendências, o artigo ajuda a como escolher o modelo ideal para sua empresa.
Introdução
A infraestrutura de TI é o alicerce de qualquer operação digital moderna.
A forma como os sistemas são implantados, gerenciados e escalados influencia diretamente a performance, o custo e a agilidade de uma organização.
Desde os tempos em que servidores físicos dominavam os data centers até a era atual de containers e computação serverless, muita coisa mudou — e continua mudando rapidamente.
Neste artigo, você vai acompanhar a jornada tecnológica da infraestrutura de TI, desde o bare metal até os modelos mais modernos como containers orquestrados, microVMs e serverless.
Mais do que entender as diferenças, você terá um comparativo prático, exemplos de uso real e um guia estratégico para escolher a arquitetura certa para cada cenário de negócio.
A Linha do Tempo da Infraestrutura de TI: De Bare Metal à Nuvem Abstrata
A evolução da infraestrutura de TI pode ser vista como uma transição contínua entre controle e abstração.
No início, havia um controle total sobre o hardware. Hoje, o foco está em abstração, automação e escalabilidade. Abaixo, exploramos os principais marcos dessa jornada.
Bare Metal: Controle Total com Complexidade Máxima
O modelo de bare metal representa a execução de sistemas diretamente sobre hardware físico, sem camadas de virtualização.
Ele oferece máxima performance, uma vez que não há overhead de hipervisores ou containers.
No entanto, também exige alto nível de gestão: instalação manual, gerenciamento de patches, controle físico e pouca elasticidade.
Ainda é usado em workloads que exigem baixa latência, alto desempenho de I/O e controle profundo da infraestrutura de TI, como bancos de dados em tempo real ou processamento de vídeo de altíssima resolução.
Máquinas Virtuais (VMs): Virtualização e Isolamento
Com a ascensão dos hipervisores, como VMware ESXi, KVM e Hyper-V, tornou-se possível particionar um único servidor físico em múltiplas VMs.
Cada uma atua como um sistema independente, com seu próprio sistema operacional, drivers e bibliotecas.
As VMs trouxeram flexibilidade para testar novos sistemas, migrar cargas entre ambientes e otimizar o uso de recursos físicos.
Elas também se tornaram a base para a virtualização de data centers inteiros, com ferramentas como vSphere e Proxmox.
Containers: Agilidade, Portabilidade e Escala
Containers compartilham o kernel do sistema operacional do host, mas isolam processos e bibliotecas em ambientes leves, rápidos e portáveis.
Com Docker como catalisador dessa transformação e Kubernetes como orquestrador dominante, containers tornaram-se o padrão para aplicações modernas baseadas em microserviços.
A grande vantagem é a velocidade de deploy, o baixo overhead e a fácil replicação em diferentes ambientes — do notebook do desenvolvedor à produção em cloud.
Serverless: Execução Baseada em Eventos
O modelo serverless abstrai completamente a infraestrutura do desenvolvedor.
Serviços como AWS Lambda, Azure Functions ou Google Cloud Functions executam blocos de código sob demanda, com escalabilidade automática e cobrança por tempo de execução.
Ideal para automações, APIs leves ou workloads esporádicos, o serverless elimina preocupações com servidores, mas também limita o controle e traz novos desafios de monitoramento e cold starts.
Edge Computing e MicroVMs
Com o crescimento da IoT e aplicações que exigem processamento local, a computação na borda (edge) se tornou essencial.
MicroVMs como Firecracker — usada pela AWS para executar funções Lambda — combinam a segurança das VMs com a leveza dos containers, sendo cada vez mais adotadas em arquiteturas híbridas e distribuídas.
Comparativo Técnico e Estratégico
Escolher entre bare metal, VMs, containers ou serverless não é trivial.
Depende de múltiplos fatores como tipo de aplicação, requisitos de segurança, latência, custo, escalabilidade e expertise interna.
A tabela a seguir apresenta uma visão comparativa entre os modelos:
| Critério | Bare Metal | VMs | Containers | Serverless |
|---|---|---|---|---|
| Performance | Muito Alta | Alta | Alta | Moderada |
| Isolamento | Completo | Alto | Médio | Baixo |
| Escalabilidade | Limitada | Moderada | Alta | Altíssima |
| Custo operacional | Alto | Médio | Baixo | Sob demanda |
| Tempo de provisionamento | Alto | Médio | Muito baixo | Instantâneo |
| Manutenção | Manual | Média | Automatizável | Nula (infraestrutura) |
| Casos de uso típicos | BD críticos, HPC | Ambientes legados | Microserviços, APIs | Automações, APIs sob demanda |
Tendências de Infraestrutura de TI em 2025
Kubernetes como padrão de orquestração
Hoje, Kubernetes é o motor por trás de milhões de aplicações distribuídas em cloud e on-premises.
Seu ecossistema maduro (Helm, Istio, ArgoCD) o transforma na plataforma de fato para operar containers em escala, suportando modelos híbridos e multicloud com controle e observabilidade.
Red Hat OpenShift é uma distribuição Kubernetes
Entre as plataformas líderes no mercado corporativo, o Red Hat OpenShift se destaca por oferecer uma distribuição Kubernetes com recursos empresariais integrados — como CI/CD nativo, segurança em múltiplos níveis, e um ecossistema validado por grandes empresas.
O OpenShift é frequentemente a escolha de organizações que buscam agilidade com governança e suporte oficial, permitindo operar aplicações em ambientes híbridos ou multi-cloud com mais tranquilidade.
Infraestrutura como Código (IaC)
Ferramentas como Terraform, Ansible e Pulumi permitem que ambientes inteiros sejam definidos e versionados como código.
Isso traz reprodutibilidade, segurança e compliance para a gestão de infraestrutura — elemento fundamental no DevOps moderno.
Observabilidade nativa
Monitoramento deixou de ser opcional.
A nova tríade — logs, métricas e tracing — é integrada via ferramentas como Prometheus, Grafana, Jaeger, OpenTelemetry e Elastic Stack.
A observabilidade permite identificar gargalos, otimizar recursos e prever falhas.
GitOps e automação contínua
GitOps leva a automação a outro nível: toda a infraestrutura de TI é gerida por meio de repositórios Git, com fluxos de CI/CD aplicados não apenas ao software, mas também à configuração de ambientes.
Ferramentas como ArgoCD e FluxCD lideram essa abordagem.
Sustentabilidade e eficiência energética
Empresas estão cada vez mais preocupadas com o impacto ambiental da TI.
A busca por data centers sustentáveis, eficiência energética e redução de footprint de carbono passa a ser critério de escolha de fornecedores e modelos de arquitetura.

Casos de Uso Reais por Tipo de Infraestrutura de TI
Bare Metal: Performance extrema e controle
Empresas de jogos online, bancos de dados de alta frequência e sistemas que exigem latência ultrabaixa ainda escolhem bare metal por garantir o controle absoluto sobre o hardware, mesmo com os desafios de manutenção.
Máquinas Virtuais: Herança e estabilidade
Ambientes corporativos legados, aplicações monolíticas e sistemas que exigem isolamento completo ainda operam com VMs.
A estabilidade e o suporte nativo em clouds como AWS EC2, Azure e Google Compute Engine mantêm sua relevância.
Containers: Padrão das arquiteturas modernas
Aplicações modernas construídas com microserviços, APIs em cloud, sistemas SaaS e plataformas web escalam com containers.
Em conjunto com Kubernetes, tornam-se altamente resilientes, elásticas e automatizáveis.
Red Hat OpenShift é uma distribuição Kubernetes
Em ambientes corporativos que exigem robustez e compliance, soluções como OpenShift permitem operar clusters de containers com controle de acesso refinado, pipelines integrados e políticas de segurança avançadas.
Sua compatibilidade com Red Hat Enterprise Linux (RHEL) e integração com ferramentas DevOps consolidadas o tornam uma opção madura para adoção em larga escala.
Serverless: Eficiência em cargas imprevisíveis
Sistemas de notificação, ETL sob demanda, chatbots, webhooks, integração entre sistemas ou mesmo pipelines event-driven se beneficiam de serverless, especialmente em cenários com picos imprevisíveis e grande variabilidade de uso.
Guia Estratégico: Como Escolher?
A escolha da infraestrutura de TI depende da combinação entre requisitos técnicos, orçamento, maturidade da equipe e o horizonte de crescimento da empresa.
| Pergunta | Indicação principal |
|---|---|
| Precisa de performance extrema? | Bare Metal |
| Possui aplicações legadas críticas? | Máquinas Virtuais |
| Precisa escalar de forma rápida? | Containers + Kubernetes |
| Cargas são imprevisíveis e intermitentes? | Serverless |
| Quer portabilidade entre clouds? | Containers com orquestração |
| Busca reduzir custos e ganhar agilidade? | Serverless ou containers gerenciados |
Se a sua organização precisa de uma plataforma de containers com suporte oficial, governança de TI, e capacidade de rodar aplicações críticas com segurança, o OpenShift é uma das soluções mais consolidadas e preparadas para ambientes empresariais complexos.
Perguntas Frequentes
Containers substituem VMs?
Não completamente.
Containers são mais eficientes para aplicações modernas, mas VMs ainda são a base de muitos ambientes legados, sistemas operacionais completos e aplicações que exigem isolamento rígido.
Bare metal ainda vale a pena?
Sim.
Em ambientes que exigem controle total de hardware, performance máxima ou políticas regulatórias rígidas, o bare metal continua sendo uma opção valiosa.
Kubernetes é obrigatório para containers?
Não, mas é altamente recomendado em projetos de produção com múltiplos containers.
Ele oferece escalabilidade, resiliência e automação que seriam difíceis de implementar manualmente.
Serverless elimina a necessidade de DevOps?
Não.
Embora abstraia a infraestrutura, o serverless ainda exige práticas de observabilidade, segurança, versionamento e integração contínua — todas disciplinas do DevOps moderno.
Conclusão
A infraestrutura de TI continua evoluindo em direção à abstração, agilidade e automação. Não existe uma solução única que atenda a todos os cenários.
Bare metal, VMs, containers, serverless e microVMs são peças de um quebra-cabeça que deve ser montado conforme os objetivos e limitações de cada empresa.
Mais do que seguir tendências, é preciso alinhar a infraestrutura de TI com as necessidades de negócio, capacidade técnica e visão de futuro da organização.
Ao fazer isso de forma consciente e estratégica, sua empresa ganha performance, resiliência e vantagem competitiva.
A Target é Especializada em Infraestrutura de TI e Redes
A Target Solutions combina experiência técnica de mais de 15 anos, inovação open source e IA aplicada (AIOps) para transformar a gestão de TI em ambientes inteligentes, escaláveis e autônomos.
Guiamos empresas na transição entre o estágio atual e o futuro autônomo das operações digitais, aplicando IA e automação de forma estratégica e sustentável.
Essa transformação exige escolhas tecnológicas corretas e aplicação adequada da IA. E é nesse caminho que a Target atua como parceira estratégica, guiando a jornada do cliente rumo ao futuro autônomo das operações digitais.
Temos uma longa experiência na escolha, implantação e suporte de soluções que utilizam a tecnologia Open Source, e destacamos abaixo algumas áreas com projetos entregues:
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Nossa equipe técnica possui alta capacitação e amplo conhecimento e experiência em ambientes heterogêneos de hardware e software, além de estar sempre em constante atualização com as novidades do mercado para contribuir em nosso processo de melhoria contín

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Autor deste Artigo: Paulo Florêncio, Sócio e Diretor Comercial da Target
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