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A modernização de aplicações legadas, utilizando containers, Kubernetes e OpenShift para alcançar escalabilidade, segurança e flexibilidade na nuvem, é uma atividade de grande importância para a rentabilização de investimentos das grandes empresas.

Este artigo mostra caminhos reais de transformação, benefícios estratégicos e como iniciar a jornada de modernização com infraestrutura moderna e automatizada. 

Introdução

A transformação digital das empresas não acontece apenas com a adoção de novas tecnologias — ela exige revisitar e modernizar o que já existe.

Em muitas organizações, os sistemas que sustentam operações críticas foram desenvolvidos há anos, ou até décadas.

Essas aplicações legadas, embora essenciais, muitas vezes são inflexíveis, difíceis de escalar e caras de manter.

Com a crescente adoção de ambientes em nuvem, arquiteturas modernas e metodologias ágeis, surge a necessidade (e a oportunidade) de modernizar aplicações legadas — e uma das abordagens mais eficazes para isso envolve o uso de containers e Kubernetes.

Este artigo explora como a modernização pode acontecer de forma realista, segura e estratégica, mostrando o papel do Kubernetes — e de plataformas como o OpenShift — na construção de um ambiente flexível e preparado para o futuro.

O que são aplicações legadas — e por que modernizar?

Aplicações legadas são sistemas desenvolvidos com tecnologias e arquiteturas antigas, que continuam em operação por dependerem de lógicas de negócio críticas e integrações complexas.

Elas são frequentemente:

  • Escritas em linguagens antigas (ex: Delphi, COBOL, PHP legado, .NET Framework)
  • Monolíticas, com forte acoplamento entre componentes
  • Implantadas em servidores físicos ou máquinas virtuais sem automação
  • Difíceis de escalar horizontalmente
  • Dependentes de processos manuais para atualizações e integrações

A modernização é necessária por diversos motivos:

  • Agilidade: Reduz o tempo para implementar mudanças e lançar novas funcionalidades.
  • Escalabilidade: Permite responder melhor à variação de demanda.
  • Custo: Ambientes modernos são mais eficientes em consumo de recursos.
  • Segurança: Sistemas atualizados e isolados são menos vulneráveis.
  • Integração: Facilita o uso de APIs, microsserviços e integração com novas tecnologias.

Containers como ponto de partida da modernização

O primeiro passo para modernizar uma aplicação legada não precisa ser sua reescrita completa.

Em muitos casos, é possível “containerizar” a aplicação — ou seja, empacotá-la com suas dependências em um ambiente isolado, reproduzível e portátil.

Benefícios da containerização:

  • Isolamento: O ambiente da aplicação é controlado, reduzindo conflitos de dependências.
  • Portabilidade: Pode ser executada em qualquer lugar: no notebook do desenvolvedor, no data center ou na nuvem.
  • Consistência: O que roda em homologação será exatamente o mesmo em produção.
  • Automação: Facilita a integração com pipelines de CI/CD.
  • Eficiência: Containers consomem menos recursos do que VMs completas.

Mesmo aplicações antigas — como monolitos .NET, Java ou PHP — podem ser adaptadas para rodar em containers com modificações mínimas.

O papel do Kubernetes na modernização

Containerizar é o primeiro passo.

Mas, em ambientes com múltiplos containers, múltiplas versões e múltiplos ambientes, o desafio muda de escala. E é aí que entra o Kubernetes.

O Kubernetes é uma plataforma de orquestração de containers.

Ele permite que aplicações sejam executadas, escaladas, atualizadas e monitoradas de forma automatizada, segura e resiliente.

Como o Kubernetes contribui para a modernização:

  • Escalabilidade automática: Ajuste automático de réplicas conforme a demanda.
  • Alta disponibilidade: Distribuição inteligente entre nós e reinício automático de containers em caso de falha.
  • Atualizações sem downtime: Deploys com rolling update, rollback automático em caso de falha.
  • Gerenciamento centralizado: Toda a lógica de execução está em arquivos de configuração versionáveis (YAML).
  • Observabilidade: Integração com ferramentas de logs, métricas e tracing.
  • Segurança: Controle de acesso baseado em RBAC, isolamento de namespaces, secret management.

Com Kubernetes, a aplicação passa a ser modular, elástica e preparada para nuvens híbridas ou multicloud.

modernização de aplicações

OpenShift: Kubernetes com recursos empresariais

Embora o Kubernetes puro seja poderoso, sua adoção em ambientes corporativos pode exigir um esforço de configuração, governança e integração com ferramentas adicionais.

Nesse contexto, o OpenShift, da Red Hat, surge como uma das distribuições Kubernetes mais completas para o mundo corporativo.

Por que usar OpenShift na modernização?

  • Integração nativa com CI/CD: Pipelines integrados via Tekton e ArgoCD.
  • Interface gráfica completa: Gerenciamento visual de clusters, deploys, projetos e logs.
  • Segurança aprimorada: Políticas de segurança por default mais restritivas, com suporte a múltiplos níveis de acesso.
  • Suporte oficial da Red Hat: Reduz riscos em ambientes críticos.
  • Multi-tenancy: Gerenciamento de múltiplos times e ambientes com isolamento seguro.
  • Compatibilidade com ambientes híbridos: Rodando em cloud pública, privada ou on-premises com consistência.

Para empresas que querem modernizar legados com governança, suporte e robustez, o OpenShift é uma plataforma estratégica.

Caminhos possíveis para a modernização

A modernização não precisa acontecer de forma radical. Existem estratégias progressivas que podem ser adotadas conforme o nível de maturidade e complexidade do sistema legado.

Algumas abordagens comuns:

  • Lift-and-Shift com containers: Empacotar o sistema atual em um container e implantá-lo no Kubernetes.
  • Strangler Pattern: Dividir o monolito aos poucos, extraindo partes da aplicação em microserviços.
  • Replatforming: Adaptar o sistema para aproveitar melhor a infraestrutura, sem reescrevê-lo completamente.
  • Refatoração gradual: Reescrever trechos do código em novas tecnologias dentro de um ambiente containerizado.
  • Rebuild completo: Em casos mais críticos, reconstruir a aplicação do zero, aplicando design moderno desde o início.

Benefícios concretos da modernização com Kubernetes

A modernização de legados com containers e Kubernetes (ou OpenShift) traz ganhos reais, mensuráveis e estratégicos:

  • Menor tempo de deploys e maior frequência de entregas
  • Ambientes padronizados, com menos erros de “funciona aqui, mas não ali”
  • Escalabilidade sob demanda, economizando em recursos ociosos
  • Resiliência operacional, com autogerenciamento de falhas
  • Automação de processos DevOps, com pipelines, testes e monitoramento integrados
  • Redução de custos com infraestrutura no médio prazo
  • Facilidade de integração com APIs, serviços externos e novas arquiteturas

Casos de uso típicos

Financeiro/Seguradoras

Modernização de sistemas legados COBOL ou mainframe para APIs containerizadas, integrando com microserviços modernos.

Saúde

Aplicações críticas com compliance (LGPD/HIPAA) ganham segurança e rastreabilidade com OpenShift e Kubernetes.

Varejo e e-commerce

Escalabilidade automática para lidar com variações sazonais, como Black Friday ou picos de tráfego.

Indústria e Telecom

Ambientes on-premises modernizados com OpenShift, permitindo padronização e integração com sistemas em cloud.

Perguntas frequentes

Containers substituem as VMs nos legados?

Não necessariamente. Containers são ideais para novas aplicações ou legados modularizados, mas VMs ainda são úteis para ambientes altamente acoplados ou sistemas operacionais antigos.

Toda aplicação legada pode ser containerizada?

Depende. Algumas exigem ajustes ou refatorações para funcionar corretamente dentro de containers. Porém, muitas podem ser adaptadas com mudanças mínimas.

Kubernetes é obrigatório?

Não. É possível rodar containers sem Kubernetes. Mas, à medida que o ambiente cresce, o Kubernetes se torna essencial para automação, escalabilidade e governança.

Soluções de TI

O que o OpenShift tem que o Kubernetes não oferece nativamente?

OpenShift adiciona recursos empresariais prontos para uso: pipelines, segurança reforçada, suporte oficial, painel gráfico, integração CI/CD e muito mais.

Conclusão

Modernizar aplicações legadas é um desafio técnico, mas também uma oportunidade estratégica.

Ao adotar containers e Kubernetes (ou OpenShift), empresas conseguem transformar sistemas antigos em ambientes flexíveis, escaláveis, seguros e prontos para o futuro.

Mais do que mover sistemas para a nuvem, a modernização é sobre ganhar agilidade, controlar custos e entregar valor contínuo ao negócio. E isso começa com a decisão de dar o primeiro passo.

A Target é Especializada em Infraestrutura de TI e Redes

A Target Solutions combina experiência técnica de mais de 15 anos, inovação open source e IA aplicada (AIOps) para transformar a gestão de TI em ambientes inteligentes, escaláveis e autônomos. 

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Autor deste Artigo: Paulo Florêncio, Sócio e Diretor Comercial da Target

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