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Manter a qualidade do inventário de rede de telecomunicações é um dos grandes desafios enfrentados pelas operadoras em um cenário marcado por redes dinâmicas, múltiplos fornecedores e tecnologias em constante evolução. 

Com o crescimento exponencial na demanda por serviços digitais, a complexidade na gestão dos recursos de rede aumenta. Desse modo, com ela, os riscos de inconsistência nos dados, falhas operacionais e prejuízos financeiros.

Neste artigo, exploramos os principais obstáculos relacionados à atualização e confiabilidade dos sistemas de inventário de rede, essenciais para o planejamento, operação e oferta de serviços de qualidade. 

Também discutimos a importância da automação na coleta de dados, a integração entre sistemas de diferentes fabricantes, e como a falta de interoperabilidade afeta diretamente o desempenho e a competitividade dos provedores. 

Continue a leitura e entenda por que investir em soluções inteligentes de inventário é decisivo para enfrentar os novos desafios do setor de Telecomunicações.

inventário de rede

Figura 1 – Gestão de recursos é fundamental em Telecom

Multitecnologias trazem novos desafios para o inventário de rede

A rápida evolução das redes de telecomunicações tem sido impulsionada pelo uso intensivo de dispositivos de informação e comunicação. Isso tem gerado uma verdadeira profusão de novos serviços, operando por meio de diferentes fornecedores e tecnologias.

Essa realidade é resultado da crescente demanda por dados, que exige sistemas cada vez mais escaláveis e com alocação flexível de largura de banda. Como resposta, surgem novas soluções, mas também novos obstáculos para quem precisa manter um inventário de rede confiável e atualizado.

Um exemplo claro dessa transformação são as tecnologias de transmissão por fibra óptica. Por muitos anos, padrões como SDH (Synchronous Digital Hierarchy) e SONET (Synchronous Optical Network) foram amplamente utilizados para multiplexação TDM com altas taxas de bits. 

Sendo assim, esses sistemas se mostraram confiáveis e eficazes mas possuem limitações quanto à flexibilidade e capacidade de adaptação às demandas atuais.

Para superar essas restrições, surgiram tecnologias mais modernas, como:

  • WDM (Wavelength Division Multiplexing): permite a transmissão simultânea de vários comprimentos de onda em um único meio óptico;
  • DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing): evolução do WDM, com maior robustez e indicada especialmente para transporte de dados em longas distâncias.

Além disso, a constante introdução de novos padrões torna o cenário ainda mais desafiador. Essa evolução é permanente, mas os sistemas legados não podem simplesmente ser descartados. Isso significa que diferentes gerações de tecnologia precisam coexistir, o que:

  • Aumenta a complexidade da infraestrutura;
  • Multiplica o número de recursos que precisam ser monitorados;
  • Dificulta a qualidade e atualização do inventário de rede.

Essa convivência exige ferramentas inteligentes de gestão e automação, capazes de lidar com um ambiente altamente dinâmico e heterogêneo.

Falta de interoperabilidade entre sistemas de diferentes fabricantes

Um dos principais desafios no gerenciamento de redes de telecomunicações é a falta de interoperabilidade entre os sistemas de gerência dos diversos fabricantes. Segundo o Anuário Telecom, entre as 100 maiores empresas do setor no Brasil em 2024, 10 eram vendedores especializados em equipamentos e infraestrutura.

Cada um desses vendors possui:

  • Famílias distintas de produtos;
  • Versões diferentes e ativas simultaneamente, para atender a múltiplas tecnologias;
  • Sistemas de gerência próprios e exclusivos.

Mesmo dentro de um único fabricante, as versões de sistemas de gerência podem variar, dificultando a padronização dos dados. Como consequência, os formatos de informação também diferem, o que gera inconsistência e atritos na integração entre sistemas.

O sistema de inventário de rede de telecomunicações precisa ser alimentado por dados vindos diretamente dos equipamentos. Isso implica que ele, ou alguma solução intermediária, deve ser capaz de se comunicar com diversos sistemas de gerência, que por sua vez estão em constante evolução.

Na prática, isso significa que:

  • A equipe de gestão de recursos opera com sistemas que não conversam entre si;
  • A coleta de informações é manual e lenta, com intervalos que não acompanham a dinâmica da rede;
  • Há um risco elevado de manter o inventário de rede desatualizado.

Essa desatualização pode comprometer decisões críticas de planejamento e operação, resultando em:

  • Perda de eficiência;
  • Gastos desnecessários com CAPEX e OPEX;
  • Redução da qualidade do serviço entregue ao cliente;
  • Dificuldade para gerar relatórios de desempenho e falhas com visão consolidada da rede.

Em um ambiente onde a agilidade e a precisão são fundamentais, a ausência de interoperabilidade entre os sistemas de diferentes fabricantes representa um gargalo significativo para os provedores de telecomunicações.

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Figura 2 – Redução de custos é crucial

A Dinamicidade das Redes de Telecom

Redes não são estáticas.

Seus recursos são impactados diariamente pelos mais diversos fatores; perfis de tráfego mudam com muita frequência assim como o estado dos equipamentos; falhas comprometem o funcionamento; pode haver necessidade de troca ou até mesmo a entrada de novos dispositivos.  

Se um sistema que coleta essas informações não é atualizado na mesma frequência, é gerado um problema enorme de inconsistência de dados que pode atrapalhar vários processos de negócio.

Imagine realizar cálculos de capacidade para expansão de rede com informações desatualizadas dos equipamentos.

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Isso pode gerar ociosidade da rede caso a capacidade seja subestimada ou atrapalhar o desempenho caso seja superestimada e nenhuma dessas duas situações é desejável pelas operadoras.

O fato é que uma das maiores dificuldades de todos os provedores de serviço, é manter seu inventário de rede atualizado com dados em tempo real.

Cresce a necessidade por automação no gerenciamento de redes

A competição no mercado de telecomunicações está mais acirrada do que nunca. Para se manterem relevantes, as empresas precisam adotar uma postura flexível, ágil e orientada por dados, que permita responder rapidamente às mudanças.

Nesse cenário, cresce a importância de soluções como os OSS (Operations Support Systems), também conhecidos como Sistemas de Suporte à Operação.

O OSS é um conjunto de ferramentas de software projetado para automatizar tarefas operacionais fundamentais no gerenciamento de redes. Com ele, é possível:

  • Aumentar a produtividade da operação;
  • Reduzir significativamente os custos operacionais (OPEX);
  • Melhorar a eficiência no lançamento e atualização de serviços.

No entanto, não basta automatizar apenas parte dos processos. Se a atualização do inventário de rede continuar sendo manual, os ganhos são limitados. De nada adianta ter um serviço automatizado se outros processos forem manuais, especialmente quando se trata de informações críticas sobre os ativos da rede.

Por isso, as plataformas de inventário de rede são ainda mais estratégicas nesse contexto. Elas não se limitam a manter um cadastro de equipamentos físicos, também incluem:

  • Recursos de software;
  • Configurações de rede;
  • Topologias e interfaces;
  • Dados operacionais dinâmicos.

Sem a automação dessas informações, é impossível garantir visibilidade em tempo real da rede e tomar decisões embasadas que otimizem o desempenho e a experiência do cliente.

Inserção dos sistemas de inventários no ambiente OSS

Figura 3 – Inserção dos sistemas de inventário de rede no ambiente OSS (Fonte: site teleco.com.br)

Inventário de Rede Lógico x Inventário de Rede Físico

A inteligência de sistemas de software que apoiem esse ambiente deveria permitir operação em tempo real, a fim de refletir a situação da rede a cada momento, minimizando, por exemplo, a possibilidade de duplicidade ou inconsistência de dados.

Essa tarefa, no entanto, não é fácil.

São muito mais informações que esses sistemas precisam coletar quando se tem tantos ativos lógicos quanto físicos na rede.

As plataformas de inventário de rede mais tradicionais, são capazes de lidar com elementos de hardware ou seja, a parte física da rede.

São informações para rastreamento de equipamentos, como localização, status, modelo entre outros fatores que ajudam a mapear a infraestrutura da rede.

A complexidade aumenta significativamente quando é necessário também inventariar os ativos lógicos como circuitos, configurações, IP, interfaces e softwares no geral.

Esses elementos são os responsáveis por tornar os sistemas de Telecomunicações muito mais dinâmicos, pois através deles é possível realizar reconfigurações na rede.

Essa habilidade se refere à mudanças no status de algumas ou de todas as conexões estabelecidas, modificações nos parâmetros dessas conexões (ex.: quantidade de largura de banda alocada) ou alterações no modo como os serviços são oferecidos (ex.: alterar o roteamento de uma conexão para permitir um melhor aproveitamento de uma rota diferente).

Isso significa que um inventário de rede lógico, para suportar de forma adequada os processo de planejamento, operação e atendimento ao cliente, precisa acompanhar mudanças que ocorrem constantemente na Rede, e, portanto, sem um processo adequado de automação de coleta e manutenção dos dados, não se alcançará a necessária integridade dos dados vivos versus os dados sistêmicos do inventário de rede de telecomunicações.

Ferramentas Automáticas de Coleta de Diferentes Gerências

Tendo em vista os aspectos observados, no mercado de Telecomunicações de alta diversificação, complexidade e competitividade, a qualidade dos serviços fornecidos aos usuários passa a ser um fator diferencial para os provedores, assim como o suporte eficaz aos objetivos de negócio e redução de custos operacionais.

Monitorar em tempo real todos os recursos, permite que os operadores tenham uma visão completa de toda a rede, possibilitando melhor planejamento e provisionamento. Obter informações dos sistemas de gerência existentes ou dos próprios elementos, integrando-os em uma única plataforma, torna possível o entendimento sobre a disponibilidade e o estado real da rede viva.

Sistemas de inventário de rede são um componente crítico para os provedores de serviços porém, a maioria oferece uma visão estática e fragmentada da rede.

Ter uma ferramenta que suporte as funcionalidades acima pode potencializar a coleta de dados acompanhando a dinamicidade que o setor de Telecom exige nos dias atuais.


A Target é Especializada em Softwares para Redes de Telecomunicações

Manter um inventário de rede de telecomunicações preciso, atualizado e automatizado é essencial para garantir a eficiência operacional, reduzir custos e melhorar a qualidade dos serviços prestados. 

Em um cenário de redes dinâmicas e tecnologias diversas, contar com ferramentas que integrem dados de múltiplos sistemas é um diferencial competitivo. A falta de visibilidade compromete o planejamento e pode gerar prejuízos significativos. 

Por isso, investir em automação e interoperabilidade não é mais opcional é estratégico. O futuro das operadoras depende da capacidade de enxergar e gerenciar sua rede em tempo real.

A Target Solutions é uma empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) especializada em Automação e Monitoramento de Infraestrutura de TI, Serviços de Suporte Técnico, Soluções Open Source e Integração de Sistemas.

Temos uma longa experiência na escolha, implantação e suporte de soluções que utilizam a tecnologia Open Source, e destacamos abaixo algumas áreas com projetos entregues:

  • Monitoramento de Ativos
  • Backup Gerenciado
  • Plataformas de Gerenciamento de Redes
  • Automação e Orquestração de Processos
  • Solução de API Management
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Nossa equipe técnica possui alta capacitação e amplo conhecimento e experiência em ambientes heterogêneos de hardware e software, além de estar sempre em constante atualização com as novidades do mercado para contribuir em nosso processo de melhoria contínua.

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