Pular para o conteúdo principal
Compartilhe:

As Redes Celulares Privativas (RCPs) no Brasil estão emergindo como uma das tecnologias mais promissoras para diversas indústrias.

Em 2024, o número de Redes Celulares Privativas implementadas no país triplicou em relação ao ano anterior, alcançando 401 redes, demonstrando um crescimento significativo e apontando para um futuro de ainda maior expansão.

Este artigo detalha o crescimento das RCPs, os setores que mais adotaram essa tecnologia, as principais aplicações e os desafios enfrentados pelo mercado.

Gerentes, engenheiros e executivos de empresas que buscam entender o impacto das RCPs em seus setores encontrarão aqui uma análise abrangente sobre as oportunidades e as tendências desse mercado em ascensão.

O que são Redes Celulares Privativas?

Redes Celulares Privativas (RCPs) são redes de telecomunicações baseadas em tecnologias 4G ou 5G, criadas para uso exclusivo de um contratante, como empresas ou órgãos governamentais.

Essas redes oferecem uma solução personalizada para comunicação e transmissão de dados, permitindo um controle mais rigoroso sobre o tráfego de rede, o que as torna ideais para aplicações críticas em ambientes industriais, agrícolas, mineradores, entre outros.

As Redes Celulares Privativas se distinguem das redes públicas tradicionais, pois são construídas para atender a necessidades específicas de um único cliente, muitas vezes utilizando frequências licenciadas para Serviço Limitado Privado (SLP) e cobrindo áreas geográficas limitadas, como uma fábrica, fazenda, mina ou porto.

O Crescimento das Redes Celulares Privativas no Brasil

O mercado de RCPs no Brasil está em plena expansão, com um aumento expressivo tanto no número de redes implementadas quanto na diversidade de setores que adotaram essa tecnologia.

De acordo com o relatório de 2024, foram mapeadas 401 redes celulares privativas, mais que o triplo do número registrado em 2023.

Fatores de Crescimento

Ambiente Regulatório Favorável: A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem facilitado o acesso a uma ampla gama de frequências para Redes Celulares Privativas , desde bandas baixas como 250 MHz, até bandas mais altas como 3,7 GHz, que são ideais para aplicações de alta velocidade e baixa latência, como automação industrial e IoT (Internet das Coisas).

Setores Econômicos Dinâmicos: Indústrias como óleo e gás, mineração e agricultura, que são setores fortemente voltados para a adoção de tecnologias avançadas, têm impulsionado a demanda por RCPs. Esses setores utilizam as redes para aplicações que vão desde a comunicação básica até o controle de equipamentos autônomos e sensores IoT.

Redução de Custos de Infraestrutura: A queda nos preços dos equipamentos de telecomunicações, combinada com a competitividade entre fornecedores, tem facilitado a implementação de RCPs, tornando-as mais acessíveis para um número maior de empresas.

Inovação nos Modelos de Negócios: Iniciativas como a da Embratel, que vende redes celulares privativas por metro quadrado, têm simplificado a adoção dessa tecnologia por empresas de diferentes portes.

Setores que Mais Adotam RCPs

O crescimento das Redes Celulares Privativas no Brasil é impulsionado por diversos setores, cada um com suas aplicações específicas que justificam a implementação de uma rede privativa. A seguir, exploramos alguns dos principais setores que têm se destacado:

Agronegócio: Com 117 redes mapeadas, o setor agrícola lidera a adoção de RCPs no Brasil. Essas redes são utilizadas para uma variedade de aplicações, desde a comunicação entre funcionários no campo até o controle de máquinas agrícolas automatizadas e monitoramento ambiental via sensores.

Óleo e Gás: Este é um dos setores mais maduros na adoção de Redes Celulares Privativas, com 72 redes identificadas. As RCPs são essenciais para a comunicação em plataformas offshore e para o suporte a tecnologias IoT, como robôs submarinos e drones utilizados em tarefas de inspeção e manutenção.

Energia: No setor de energia, foram mapeadas 35 redes celulares privativas. Essas redes são utilizadas em diferentes segmentos, incluindo geração, transmissão e distribuição de energia, com aplicações em telemetria, automação de redes e monitoramento remoto de ativos.

Mineração: Com 31 redes identificadas, o setor de mineração utiliza RCPs principalmente para conectar trabalhadores, monitorar veículos autônomos e otimizar operações em ambientes subterrâneos.

Indústria: A indústria é outro setor em ascensão na adoção de RCPs, especialmente com a chegada do 5G. Com 25 redes mapeadas, muitas das quais utilizando 5G, as indústrias estão implementando RCPs para aplicações avançadas, como controle de qualidade em tempo real e automação de processos fabris.

redes celulares privativas

Tecnologias e Infraestrutura nas RCPs

A maioria das RCPs no Brasil (86%) ainda utiliza a tecnologia 4G, que é suficiente para muitas aplicações industriais e agrícolas.

No entanto, o 5G está começando a ganhar terreno, especialmente em setores que exigem alta velocidade e baixa latência, como a indústria e a educação.

Apenas 12% das redes mapeadas utilizam 5G, mas esse número deve crescer à medida que mais projetos piloto e casos de sucesso demonstrem o potencial da nova tecnologia.

BANNER KRAKEND3

Escolha das Frequências

A faixa de 700 MHz é a mais popular para RCPs no Brasil, com 154 redes operando nessa frequência. Em seguida, vem a faixa de 2,3 GHz com 55 redes, e a de 1,8 GHz com 45 redes.

Essas frequências são escolhidas de acordo com as necessidades específicas de cada aplicação, considerando fatores como alcance, capacidade de dados e requisitos de latência.

Core de Rede

Mais da metade das RCPs mapeadas (55%) têm um core de rede local, o que proporciona maior controle sobre os dados trafegados.

Aproximadamente 8% utilizam um core externo, enquanto 30% operam em uma arquitetura híbrida, combinando core local e externo.

Desafios e Oportunidades

Apesar do crescimento robusto, o mercado de RCPs no Brasil enfrenta alguns desafios que podem afetar sua expansão a médio e longo prazo. Entre eles, destacam-se:

Custos de Equipamentos: A alta do dólar tem encarecido os equipamentos importados, o que pode limitar a capacidade de algumas empresas de investir em RCPs.

Falta de Integradores Especializados: A escassez de integradores com expertise em redes móveis e em setores verticais específicos, como o agronegócio, é um obstáculo que precisa ser superado para que o mercado continue a crescer.

Educação e Conhecimento: Embora o mercado esteja mais maduro, ainda há uma necessidade contínua de educar as empresas sobre os benefícios das RCPs e as melhores práticas para sua implementação.

Oportunidades Futuras

Network Slicing e 5G: A aguardada implementação do network slicing nas redes 5G públicas promete abrir novas oportunidades para RCPs, permitindo que as operadoras móveis ofereçam serviços dedicados a clientes específicos. Isso pode acelerar a adoção de RCPs em áreas urbanas e reduzir os custos de implementação.

Expansão para Novos Setores: À medida que a tecnologia se torna mais acessível e as vantagens das RCPs são mais amplamente reconhecidas, novos setores, como saúde, varejo e serviços financeiros, poderão adotar essa solução para melhorar suas operações e serviços.

Conclusão

O mercado de Redes Celulares Privativas no Brasil está em uma fase de crescimento acelerado, impulsionado por uma combinação de fatores regulatórios, econômicos e tecnológicos.

Com a previsão de novas oportunidades com o advento do 5G e a expansão do network slicing, as RCPs prometem desempenhar um papel cada vez mais crucial em diversos setores da economia.

As empresas que desejam se posicionar à frente nesse mercado devem começar a explorar as possibilidades das RCPs agora, identificando as aplicações que podem ser mais beneficiadas e buscando parceiros especializados para implementar soluções que ofereçam o melhor retorno sobre o investimento.

Para gerentes, engenheiros e executivos, o momento é propício para investir em redes celulares privativas, aproveitando a infraestrutura regulatória e as oportunidades de inovação para transformar suas operações e alcançar novos patamares de eficiência e competitividade.


A Target é Especializada em Softwares e Serviços para Telecomunicações e TI

A Target Solutions é uma empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) especializada em Desenvolvimento de Softwares, Integração de Sistemas, Automação e Monitoramento de Infraestrutura de TI, Serviços de Suporte, Tecnologia Open Source e DevOps.

Temos uma longa experiência na escolha, implantação e suporte de soluções que utilizam a tecnologia Open Source, e destacamos abaixo algumas áreas com projetos entregues:

  • Monitoramento de Ativos
  • Backup Gerenciado
  • Automação e Orquestração de Processos
  • Solução de API Management
  • Automação de Infraestrutura

Nossa equipe técnica possui alta capacitação e amplo conhecimento e experiência em ambientes heterogêneos de hardware e software, além de estar sempre em constante atualização com as novidades do mercado para contribuir em nosso processo de melhoria contínua.

Clique aqui para agendar um contato com um de nossos Consultores Especializados.


Autor deste ArtigoPaulo Florêncio, Diretor Comercial da Target Solutions

(*) fonte: site Mobile Time

Entre em contato
Compartilhe:

Deixe uma Resposta

Enviar uma mensagem
1
Precisa de ajuda?
Como posso ajudar?